terça-feira, 4 de agosto de 2020

Uma nota de carinho a Gilmore Girls

fonte: Wikipedia

Semana passada eu li "Pessoas Normais", de Sally Rooney e também terminei a 7.ª temporada de "Gilmore Girls" que está disponível na Netflix, junto da minissérie, "Um ano para recordar", sua continuação.

O assunto da série é bem simples, relação mãe e filha, Lorelai Gilmore II e sua filha Lorelai "Rory" Leigh Gilmore, com toda a população da fictícia e pequena Stars Hollow, seus altos e baixos, euforias, frustrações e todas essas coisas pelas quais nós passamos no decorrer de nossas vidas. Acho que muitas adolescentes dos anos 2000 assistiram e podem ter se identificado com seus personagens, riram horrores com as referências e senso de humor da Lorelai... Eu juro que torci para que Rory ficasse com o Jess e para que o Christopher desaparecesse (nem que fosse de uma maneira bem trágica), porque Lorelai e Luke foram feitos um para o outro. 

Tenho um enorme carinho por esta série, quem já conviveu e convive comigo sabe, porém nunca havia assistido até o final, por incrível que pareça... Este carinho era pela Rory adolescente, eu sempre parava de assistir à série quando ela entrava em Yale (sempre acontecia alguma coisa que me impedia de maratonar...) ou (o que é fato) eu achava a Rory uma tremenda chata quando ela chegava à faculdade (talvez uma projeção minha, já que eu era uma chata nessa época também).

Minha opinião sobre a Rory estudante de Yale (e sobra a Ágatha na faculdade) não mudou, mas quem não é um jovem adulto nem que seja pouco, chato?! Talvez eu tivesse medo de ver a Rory crescer.

E do mesmo jeito que em minha vida, coisas e pessoas aconteceram na vida de Rory também e então ela reencontra sua essência, ou seja, volta a ser legal (risos).

Hoje tenho um ano a menos que Lorelai no início da série... De fato tinha medo de ver a Rory crescer, porque vê-la crescer e envelhecer, mesmo sabendo que ela é fictícia, também me diz que eu devo crescer... Mas feliz ou infelizmente, isso tem de acontecer em algum momento da vida... Com a atual bagagem, até cheguei a ver Lorelai como uma mãe narcisista inconsciente, mas na vida adulta da Rory, isso se desfez.

Por mais que "Pessoas normais" não tenha tanto a ver com Gilmore Girls, foi isso que senti assistindo à série, que se trata de pessoas normais, com escolhas, muitas delas nada fáceis, lágrimas, perdas, medos e muitas doses de "vá com medo mesmo". 

Eu poderia passar horas sentada aqui falando de tudo o que gosto nesta série, mas é somente uma nota de carinho a algo que fez e acho que sempre fará parte do que me ajudou a ser quem eu sou, me fez "crescer"... Algo que com sua leveza e bom humor, sem tragédias marcantes, com as quais não dá para lidar, fala da vida!