Título: "O Senhor dos Anéis" - Volume único
Autor: J. R. R. Tolkien
Tradução: Lenita Maria Rímoli Esteves e Almiro Pisetta
Editora: Martins Fontes
Ano: 2013 (edição eletrônica)
Finalmente tomei uma decisão literária muito importante: Ler uma das obras que mais tive interesse em determinada época da minha vida, mas nunca havia chegado perto, "O Senhor dos Anéis". Em parte, por causa do meu grande hiato (ou seria melhor colocar abismo?) de leituras e em outra parte, porque eu não tenho muita paciência para "fãs fanáticos" e o universo de Tolkien não está desprovido destes seres nem mesmo passa ileso por eles (talvez mais pessoas passem longe da obra por ter conhecido algum fã chato, sei lá).
Acredito que seja completamente dispensável falar do que se trata a história, porque ela já é uma grande conhecida nossa, graças às adaptações cinematográficas do início dos anos 2000. Depois falarei delas mais a fundo, ou não, vai depender de como o texto vai fluir.
Em primeiro lugar, queria dizer como tudo isso começou...
Eu fui adolescente nos anos 2000 então todos os clichês fantásticos ou eu assisti ou soube pelo menos do que se tratava... Então assisti a todos os filmes da trilogia em VHS alugados, hahaha. Meu primeiro livro comprado com o salário do supermercado foi "O Hobbit" e aí começou meu grande desejo de ler tudo o que Tolkien havia escrito. Depois dele, veio "O Silmarillion", que eu nunca terminei de ler (e com outros livros, troquei por um retrato da Minerva, que está na minha sala Kkkkkkk). Ainda que para os meus padrões atuais eu tenha demorado demais para terminar de ler "O Hobbit", não sei se pelo meu trabalho que me sugava, por eu não estar acostumada a uma escrita mais acadêmica ou os dois... Comecei a frequentar fóruns para saber mais etc., mas este universo de buscas meio que me assustou, por causa dos fanáticos e depois conheci um ou dois ao longo da minha vida, além de ter me convencido de que Tolkien escrevia "difícil', então larguei mão de vez.
(Ironicamente, meu marido é grande fã da obra de Tolkien e uma das minhas grandes amigas da vida também e sempre ouviram minhas críticas a fãs sem se defenderem e sem amargor, ainda bem).
Quando comprei o Kindle e já havíamos feito a troca de livros pelo retrato da nossa gata, achei o volume único da Martins Fontes em e-book por uma pechincha do preço original, então comprei e ele ficou mais um tempo guardado, só me esperando reacender a vontade de lê-lo. E foi aí que aconteceu, segundo ano de pandemia e eu me sentindo cada vez mais ansiosa, resolvi, neste ano, ler os calhamaços que estão parados na minha biblioteca Kindle e escolhi a obra-prima de Tolkien. Confesso que me surpreendi muito...
Porque obviamente, obra literária e filme são tão diferentes quanto nossos dedos das mãos e um não anula o outro, mas é claro que o livro nos fornece uma experiência como gosto de chamar, sensorial. Com a comitiva do Anel meu coração sorriu, chorou, pesou como um fardo, criou esperanças, tudo isto no mesmo mês.
Ouso, para meu próprio risco, dizer que mais do que uma opera magna, "O Senhor dos Anéis", para mim, foi um grande tratado de amizade, lealdade, coragem, crescimento e por que não... Sabedoria?! Em muitos pontos, o crescimento e evolução de alguns personagens me fizeram suspirar e torcer, para que tudo mudasse, do mesmo jeito que por agora, posso somente torcer para que nossa (aqui fora dos livros) era de escuridão passe.
Ouso, para meu próprio risco, dizer que mais do que uma opera magna, "O Senhor dos Anéis", para mim, foi um grande tratado de amizade, lealdade, coragem, crescimento e por que não... Sabedoria?! Em muitos pontos, o crescimento e evolução de alguns personagens me fizeram suspirar e torcer, para que tudo mudasse, do mesmo jeito que por agora, posso somente torcer para que nossa (aqui fora dos livros) era de escuridão passe.
Não sei se por estar mais amadurecida, ter lido "de coração aberto" ou me acostumado com todo tipo de vocabulário, desde que retornei ao mundo da leitura, a linguagem de Tolkien, para mim, foi exatamente o que deveria ser, não só por contexto histórico, mas por suas questões acadêmicas, mas confesso que as descrições de relevo, por algumas vezes me cansavam a vista... Não a ponto de me fazer largar o livro, mas me fazendo parar, recobrar o foco e ir em frente.
No final, gostei muito mais do que pretendia ou achei que gostaria. Não é à toa que Tolkien é o pai da fantasia moderna (ou seria contemporânea? eu nunca sei calcular direito isso) e eu gosto muito de dois de seus admiradores: Neil Gaiman e Stephen King. E foi lendo o que esses dois escreveram sobre como essa obra os influenciou que comecei a morder minha língua de trapo de todas as formas, abaixar o rabo, e ler o que eu quiser e gostar, para além das fanbases.
No final, gostei muito mais do que pretendia ou achei que gostaria. Não é à toa que Tolkien é o pai da fantasia moderna (ou seria contemporânea? eu nunca sei calcular direito isso) e eu gosto muito de dois de seus admiradores: Neil Gaiman e Stephen King. E foi lendo o que esses dois escreveram sobre como essa obra os influenciou que comecei a morder minha língua de trapo de todas as formas, abaixar o rabo, e ler o que eu quiser e gostar, para além das fanbases.
Agora, encerro meu texto com algumas reflexões, preciosssooosss.
“Tudo que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado.” - Gandalf
Fonte: https://cinemascope.com.br/especiais/senhor-dos-aneis-a-sociedade-do-anel/
“Mas no final é só uma coisa passageira, essa sombra. Mesmo a escuridão deve passar.” - Samwise
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