Título: A vida invisível de Addie Larue
Autora: V. E. Schwab
Tradução: Flavia de Lavor
Editora: Record (selo Galera)
Ano: 2021
E se algum dia quem você mais amou na vida te visse e perguntasse "quem é você?", como se sentiria?
Como lidaria com o preço de uma liberdade infindável?
O que pediria ao chamar um deus ou "demônio" muito mais antigo do que se pensa?
Se fosse uma jovem tricentenária (mas não uma vampira), acha que já teria vivido tudo o que há para se viver?
Independente do que tenha respondido a estas perguntas retóricas (ou não, depende do ponto de vista) se já imaginou alguma dessas situações, o livro de Victoria Schwab é para você e se nunca chegou tão longe em devaneios, mas apenas gosta de uma boa história, é para você também!
Adeline "Addie" Larue, nascida ao fim do século XVII queria ser livre, não queria pertencer a ninguém, porém seus planos são frustrados quando um casamento com um viúvo de sua vila é arranjado, porém pode haver uma saída: fugir!
Em sua fuga, Addie faz um pedido, sem observar direito as palavras e A QUEM eram dirigidas...
Assim, seu chamado é ouvido, ela faz seu pedido a ninguém menos do que a "Escuridão" (haverá outros nomes) e eles selam um pacto: Addie viverá até se cansar e quando isso acontecer sua alma será dele. Mas as letras miúdas deste contrato são: ela viverá o quanto puder, mas jamais será lembrada por ninguém, não passará de um borrão nas mentes e corações daqueles com quem esteve, não conseguirá falar o próprio nome, sendo lembrada e chamada somente pela escuridão...
Séculos e o acompanhamento de eventos históricos se passam e em 2014, numa livraria onde furta um livro e retorna para trocá-lo (é muita folga! Kkkk), o gentil atendente diz uma frase mágica:
"Eu me lembro de você."
"Eu me lembro de você."
Aí, uma nova história começa, mas isso fica para quando você decidir ler! xD
Claro que este é o fim da sinopse do livro, mas não posso deixar de relatar reflexões (acho que não tão profundas assim, porque há menos de 3 anos que eu voltei a pensar direito) e uma opinião sincera...
Houve um tempo em que eu queria sumir... Parecia que todo mundo olhava para mim e resolvia dizer alguma que fazia mais mal do que bem, mas naquela época, acho que não estava preparada para gente sem um pingo de noção, além de outras coisas que só estavam na minha cabeça, então achava que sumir, não existir ou simplesmente passar batida pelas pessoas, me salvaria de ser vista e de algum comentário...
Mas lendo o livro de Schwab pensei em algo que nunca havia pensado: Sumir das vistas e memórias de gente que não faria um pingo de diferença, ok, mas será que eu aguentaria caso isso se estendesse às pessoas que eu amo? A minha resposta para isso hoje, seria um grande NÃO!
Mas lendo o livro de Schwab pensei em algo que nunca havia pensado: Sumir das vistas e memórias de gente que não faria um pingo de diferença, ok, mas será que eu aguentaria caso isso se estendesse às pessoas que eu amo? A minha resposta para isso hoje, seria um grande NÃO!
E eu sinceramente não sei o que sentir sobre isso e sobre não saber se seria possível cada pessoa não se esquecer completamente de nós (bom, eu tenho uma memória de elefante, exceto pelos últimos anos automáticos).
Também pensei sobre que tipo de marca tenho deixado no mundo... Na verdade, no meu microcosmo e como pode ser quando eu me for... Mas acho que isso vai ficar para uma próxima leitura que me faça pensar um pouco mais especificamente sobre.
Num geral, é possível traçar vários paralelos com outras histórias já vistas em algum ponto... Houve gente que citou o mito de Fausto e seu desejo por todo conhecimento existente, houve uma comparação com um relacionamento abusivo... No início eu lembrei daquele filme (que pessoalmente acho muito bom) "A incrível história de Adaline", não sei se a semelhança entre nomes e vidas longas foi intencional por parte da autora, mas enfim... Acho que saberemos somente quando ela falar mais das inspirações que teve para o livro.
Eu, com outras referências, lembrei daquela frase/provérbio, que é mais ou menos assim: "Cuidado com o que pede em suas orações, porque poderá ser atendido". E tem aquela lei da "troca equivalente"... Tudo tem um preço, mas será que estamos dispostos a pagar?
Por fim, indico duas músicas para ouvir: "Thoughtless", do Korn e "Abyss O'Time", do Epica... E claro, espero que você encontre suas próprias referências também.
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