quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

J. R. R. Tolkien: Uma biografia


Título: J. R. R. Tolkien: Uma Biografia 
Autor: Humphrey Carpenter 
Tradutor: Ronald Kyrmse
Editora: HarperCollins 
Ano: 2018

Depois de uma era cinzenta, que do mesmo modo que o meu querido Gandalf, evoluiu... Eu voltei e com O Professor, Tolkien! 😌✨

Sinceramente, eu nunca havia lido uma biografia (a página da pessoa em sites como Wikipedia conta? 😅) e mais sinceramente ainda, apesar de "fuçar" internet afora, eu nunca me interessei por um *LIVRO* sobre a vida de alguém! 

Neste ano resolvi fazer leituras com mais sentido para mim e havia um tempo que eu queria me enveredar por algumas trilhas fora da minha zona de conforto. 

Foi o caso do gênero biografia… Por que não começar com quem arrebatou meu coração em 2021? 

Claro que houve busca por opiniões e achei duas interessantes: Uma, num bookstagram que sigo há pouco tempo, dizendo que Carpenter, o autor desta, é bem honesto, nos mostrando um Tolkien como “pessoa comum”, com suas qualidades e defeitos. Na segunda, num blog (acho), o leitor falava sobre Carpenter elogiar demais Tolkien. Era hora de saber qual opinião eu formaria.


Tá, mas e o quê eu achei? 

Uma vida prematuramente regada a perdas. Se formos ver sob a ótica de hoje e talvez naquela época ela (esta ótica) já existisse, Tolkien teve absolutamente tudo para "dar errado", o que quer que isso signifique para cada um de nós. Ficou órfão cedo, sob os cuidados de um padre amigo, além de visitar os parentes…

Participou da Primeira Grande Guerra, foi professor em Oxford, sua alma mater, pai, marido... Se formos ver, uma vida bem comum.

As "cerejas" deste bolo estão em alguns detalhes, como seu interesse pelas palavras desde tenra idade, o fato de sempre ter sido tão criativo/imaginativo e nunca ter parado de criar. 

Saber de seus processos criativos foi engrandecedor, já que, na era do imediatismo, pesquisar profunda e detalhadamente, reler e mesmo refazer algo, tornou-se inconcebível e até um sinal de insegurança e “fraqueza”. Se o gênio da fantasia como o conhecemos hoje, fazia isso, por que não nós?

Carpenter mostrou que mesmo com todo o conhecimento que O Professor tinha (e sabia disso), era humilde. É de bom tom termos isso também, não no sentido de depreciar nossos grandes e pequenos feitos, mas de sempre visar aprimorá-los… 


Há também os pontos não tão fortes assim, mas como eu mesma anotei nos registros que gosto de fazer (no Kindle), todo este compilado de fatos mostra-nos como Tolkien era humano como eu ou você. 

Arrisco ainda especular que nos dias atuais ele provavelmente teria recebido um diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, porque pense em alguém “desorganizado”?! 

Claro que mesa e escritório bagunçados não dizem nada sobre a genialidade de ninguém, mas foi muito acolhedor e revelador saber disso.

Por fim, O Professor (como passei a chamá-lo por minha conta, até porque, tem gente que chama técnico de futebol assim e às vezes o cara nunca entrou numa sala de aula) era extremamente perfeccionista e isso criou diversos entraves, fosse na velocidade para publicar seus livros ou para realizar trabalhos acadêmicos... Ele também, refletindo seu próprio tempo, deixou a desejar em certos pontos enquanto pessoa, registrando certos  preconceitos e visões de mundo que nós, hoje, achamos descabidos. Ora, não é só porque era simpático e alegre que era perfeito, como desejava que seus escritos fossem.

Terminei o livro ontem/anteontem (depende de quando postar), 09/01/2024,  gostando muito mais de Tolkien após minhas próprias leituras. É como conhecer pessoas (vivas, no caso kkk), claro que até podemos considerar pontos levantados por outros, mas no final, precisamos tirar nossas próprias conclusões e extraindo o que nos cabe.





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